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Foto do escritorBeatriz Brandão

Divertida Mente 2: Análise da psicóloga Beatriz brandão

O filme "Divertida Mente 2" (Inside Out 2), continuação do aclamado "Divertida Mente" da Pixar, nos leva novamente para dentro da mente de Riley. Agora uma adolescente, Riley enfrenta novos desafios emocionais com a introdução de novas emoções como Ansiedade, Inveja, Vergonha e Tédio. Através dessas novas emoções, o filme explora a complexidade do desenvolvimento emocional durante a adolescência.



A Nova Configuração Emocional


O filme começa com Riley jogando hóquei na escola, e Alegria apresenta novamente as emoções, agora mais preparadas para as complexidades da adolescência. Riley é convidada por uma treinadora para fazer um teste para entrar em um time de hóquei, algo que pode definir muitas coisas em seu ensino médio. Alegria, tentando manter tudo perfeito, criou um tubo que manda para fora da organização todas as memórias e situações que ela considera não serem boas. Essas memórias são enviadas para um canto da mente chamado fundo da mente. Enquanto Riley dorme, Alegria leva essas memórias para o centro de si, onde são construídas as convicções de Riley. Essas convicções são tão fortes que estão acima das emoções, e Riley sempre obedece a elas.


Introdução das Novas Emoções


Durante a noite, toca o alarme da puberdade, e Alegria rapidamente joga o sinal da puberdade pelo tubo, mas ele acaba no fundo da mente. Os construtores entram na sala de comando e começam a trocar o controle de comando, perguntando se "eles" já chegaram. Alegria, confusa, pergunta "Eles quem?" e os construtores respondem que todos estão atrasados. Quando Riley acorda, as emoções tentam tocar no controle, mas percebem que as reações de Riley estão exageradas. Descobrem que o controle está quebrado. Nesse momento, Ansiedade chega e explica: "O medo cuida das coisas que ela pode ver, e eu cuido das coisas que ela ainda não pode ver". Essa frase mostra claramente a função protetora da Ansiedade, antecipando problemas que ainda não são visíveis.


A Ansiedade e o Setor de Imaginação


Ansiedade toma conta do setor de imaginação, criando cenários catastróficos. Ela realmente acredita nos cenários produzidos pela imaginação, o que exacerba o medo e a preocupação de Riley. Ansiedade utiliza o sistema de imaginação para criar esses cenários, inicialmente para ajudar Riley a se preparar para possíveis desafios, mas a situação piora quando Ansiedade exagera, criando preocupações que não existem. Nesse ponto, Inveja tem um papel crucial ao inflamar a Ansiedade, gerando várias situações hipotéticas que deixam a Ansiedade ainda mais preocupada. A Inveja cria possibilidades hipotéticas que fazem a Ansiedade se sobrecarregar, aumentando o controle sobre as decisões de Riley.


A Força das Convicções


Quando Riley precisa decidir se vai com as novas amigas ou fica com as antigas, o senso de si, as convicções, sobe no meio da sala de comando, mostrando que essas convicções são mais fortes que as emoções. Ansiedade não entende porque Riley não está seguindo suas instruções, destacando a força das convicções de Riley. Ansiedade desce até o centro de si e cria convicções extremamente negativas, como "não sou boa o bastante". Durante o filme, Ansiedade toma decisões que transformam Riley em uma pessoa que trai suas amigas, tudo em busca de aprovação e reconhecimento, refletindo um comportamento egoísta e narcisista.


Vergonha e Tédio


Vergonha e Tédio também têm seus papéis. Vergonha lida com o medo do julgamento e da percepção dos outros. Ela representa a preocupação de Riley com o que os outros pensam dela e seu medo de ser rejeitada ou ridicularizada. Vergonha trabalha em conjunto com a Ansiedade, especialmente em situações sociais, tentando proteger Riley de possíveis humilhações, mas frequentemente se tornando uma barreira para interações autênticas. Tédio, por outro lado, é uma combinação de sarcasmo, ironia e impaciência. Ele surge quando Riley se sente insatisfeita com a monotonia e a falta de estímulo em sua vida, refletindo sua luta para encontrar significado e propósito.


O Clímax e a Integração Emocional


Há um momento crítico em que a Ansiedade perde o controle, girando freneticamente no painel de controle. Alegria consegue voltar para a cabine e, ao falar com a Ansiedade, consegue fazer com que ela solte o controle. Alegria então quebra o senso de si criado pela Ansiedade e restaura o que havia sido destruído. As bolas de memória que Alegria tinha jogado no fundo da mente caem no senso de si, criando convicções misturadas. O objeto que representa as convicções de Riley muda de cor e forma, simbolizando a complexidade e a integração das novas experiências e emoções.


Conclusão


No final, todas as emoções têm seu lugar e importância. Alegria entende que não pode suprimir as outras emoções e que Riley precisa de todas elas para navegar pelos desafios da adolescência e se desenvolver de maneira saudável. Novas convicções e crenças são formadas, criando um novo senso de si que é mais complexo e integrado. "Divertida Mente 2" nos ensina que a integração de todas as emoções é essencial para o crescimento pessoal e o bem-estar emocional. Aceitar e entender a complexidade das nossas emoções nos ajuda a lidar melhor com os desafios da vida.


Palavras-chave


- Divertida Mente 2

- Inside Out 2

- Análise Psicológica

- Emoções na Adolescência

- Ansiedade

- Inveja

- Vergonha

- Tédio

- Desenvolvimento Emocional

- Pixar

- Psicologia Infantil

- Complexidade Emocional

- Crescimento Pessoal

- Convicções de Riley

- Memórias e Emoções




 

Beatriz Brandão- Psicóloga Clínica em Moema


Beatriz Brandão

Psicóloga Clínica

CRP 06/1259


Atende em Moema, São Paulo, oferecendo terapia individual e terapia de casal.


Contato:

Endereço: Av. Rouxinol, 1041 - Moema- SP

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